Meu nome é Juliana Infurna e sou mãe do Arthur. Honro a maternidade pois a chegada de Arthur foi marcada pelo começo de uma série de transformações na minha vida, ali o cronômetro para retornar ao caminho da minha alma teve início. A chegada de Arthur neste mundo, assim como a minha, foi um “acidente” que mexeu com todas as bases, que na verdade… de acidentais, sabemos que nada têm.
Quando Arthur nasceu eu ainda estava imersa e focada na minha vida de executiva dentro do segmento de petróleo e gás no Rio de Janeiro. Era conhecida como “Margaret Thatcher” (a dama de ferro) no corporativo. Até então, meu único objetivo era ser bem-sucedida profissionalmente nesta indústria pois era neste lugar que eu sustentava e projetava todas as minhas necessidades emocionais e poder pessoal.
“Por acidente”, descobrimos uma doença neurológica no Arthur quando ele era bebê e lá estava eu, desesperada, aos 27 anos com um bebê de 8 meses, prestes a passar por uma neurocirurgia um tanto complexa. Por fim ele não precisou operar e sua cura foi proporcionada pela Alquimia, que marcou meu retorno para este caminho espiritual. Mesmo assim, após sua cura, consegui resistir à mudança por 4 anos, tempo sofrido que precisei para me autoconhecer e me curar de tudo aquilo que já não estava cabendo mais.
Até que, em 09 de novembro de 2015, eu dei o primeiro passo ao cometer o que chamo de “renúncias autoprovocadas” ou “derrocadas conscientes”, que são decisões infinitamente difíceis que significam abandonar máscaras ou identidades pelas quais nos sustentamos e nos protegeram por longos períodos de nossas vidas.